quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

 

                                                                     Só...sozinho!

                                                                                            Márcio Barker

                                                                            Istock


Atualmente ando só! Apenas e tão somente, sozinho!

Uma experiência nova. Não por opção, mas realmente, ainda não desvendei a causa.

Confesso, é curiosa. Uma situação jamais experimentada.

Amigos e amigas, nunca me faltaram, nem namoradas.

Terei me tornado num chato? Daqueles de galocha, como se dizia antigamente? Ou será que, desavisadamente, me tornei em alguém “de antigamente”?

Tem gente que vê vantagens na solidão. Terá alguma vantagem? Quais? Conversar com fantasmas? Olhar para o teto, esperando a insônia desistir? Sentar numa mesa, rodeada por cadeiras vazias? Maldizer a minha natureza sentimental? Ver os dias e a vida escorrerem por ente os dedos (concordo, é uma imagem surrada, mas que melhor se adequa, a minha situação).

Confesso, novamente: nunca imaginei que seria vítima, da solidão.

E de quem é a culpa? Já sei: MINHA!!!

Acho que vou colocar um anuncio no jornal, assim:


Cavalheiro solitário, até certo ponto distinto, educado, interessante (imagino eu), interessado em viver, busca uma companhia, igualmente interessada e, interessante (naturalmente).

Até certo ponto culto, sei escrever, e ler, otimista, alegre, piadista, sexualmente animado (levando-se em conta os percalço provenientes dos “kilometros” já rodados, entretanto imagiativo e experiente.

No momento estou disonível, pois tenho um coração que insiste em apaixonar-se (às vezes perdidamente, o que nem sempre é recomendável).

Não sou rico, aliás, sinceramente, muito pelo contrário, mas sou simpático (ajuda?)

Não tenho vícios, não tiro meleca do nariz, não sou propenso a gases (tanto estomacais, quanto intestinais), tenho carro (velho mas funciona bem – como eu, até certo ponto), não sofro de pesadêlos ou sonambulismo.

Caso se interesse pelo meu rápido perfil, faça contato.”

Será que terei sucesso com esse anuncio???

É tão bom ter uma namorada!!!

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

 

Cadê?

Márcio Barker

                                     stock                                         

Sabe? Não sei onde está.                  

Claro, pois nunca vi.

Não conheço.

Nem ouvi.

Tampouco sei como é.

Nem quem é.

Nem sei se é.

Ou como é.

Ou onde está.

Com quem está...

ou sem ninguém...como eu.

Não sei se está por aqui,

ou sei lá por onde?

Se está longe.

Se está perto.

Mas, incrível. Sabe o que?

Sempre me pergunto, por onde andará?

Quem será?

Como está?

Se irá demorar.

Muito? Pouco?

Mas sabe?

Pois pode parecer uma absurdo.

Sinto sua falta.

Preciso tanto de você!!!

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 


                                                              Pieguices



                                                                       Márcio Barker


Na mesa, duas xícaras.
No ar, o aroma mágico do café recém servido.
Do lado de cá da mesa, um olhar sereno, simples.
Do lado de lá...um ligeiro sorriso.
Na calçada, a caminhada tranquila,
uma simples caminhada.
Mãos dadas...olhares doces.
Sorrisos esboçados.
Desse lado de um banco na rua, desejos pequenos.
Do lado de lá, do mesmo banco, os mesmos desejos simples.
Desse lado, bate um coração,
do mesmo modo que bate o outro coração do lado de lá.
Pulsarão até a eternidade,
movidos pela grandeza da simplicidade de cada dia.
E pela infinita amizade de cada segundo.

As vezes é bom ser piegas.

Acho que, de vez em quando,  a pieguice  até ajuda a dizer as coisas


terça-feira, 8 de outubro de 2024

                                                                           Sonho

                                                Márcio Barker

Christian Barker

E lá ia eu, calçada a fora.

Passos largos, a todo vapor.

Chegar logo, era preciso!!!

Coisas a resolver, corrida contra aquele carrasco implacável: o relógio!!! Como não gosto dele e, ironicamente, tenho um, todo reluzente, no meu pulso esquerdo. Vai entender.

Os meus sentidos, todos desligados, caminho no automático, completamente surdo, a bagunça em minha volta. Sim!!! Chegar, era preciso! Com um detalhe, na hora!! Maldita hora!!! Quem inventou isso? E, na rua, minha horrível marcha continuava...marcial, desesperada, angustiada...e, de segundo em segundo, o pulso esquerdo se lavanta, para ver que horas são!

Mas, no meio da terrível balburdia, da rua, de repente algo se destaca. Sim! Minha marcha cessa, o desespero, a angustia neurotica, horrorosa, simplesmente cessou!!!

Desligo meu desespero, e abro os olhos.

Na minha frente, desafiando o tráfego, vejo meu cachorro “Boris”, numa bicicleta, liderando uma colorida passeata. Atrás dele, um palhaço colorido, brincando com bolas, também coloridas. Na rua, vários girassóis. Eu não vi, mas tinha ainda, uma banda...simples... pequena, mas alegre.

Do meio da rua, eles me chamaram. Engraçado, não hesitei. Entrei naquela alegria, esquecido de tudo.

Daí, acordei! Mas juro que não fiquei com pena por ter acordado. Acordei bem, com um enorme sorriso colorido e de alegria.

Sou um privilegiado por ter sonhos assim. Não é?





sábado, 21 de setembro de 2024

                Abraço Vazio

Márcio Barker

                                                              internet

De repente, ouvi meu nome.

Olhei, vi um par de olhos que não via há tempos.

Praticamente imóveis pela surpresa

E, instintivamente, um abraço.

Sufocante, apertado, interminável, apaixonado.

Meu rosto enfiado em seus cabelos.

Minhas mãos crispadas, em suas costas.

Um longo beijo em seu rosto.

Os olhos brilhando...um pouco de lágrimas.

Um sorriso, alegre, triste, surpreso.

Há quanto tempo!

Um café? Um papinho?

Atordoado, surpreendido: Não pode ser!!!

Imaginação?

Delirio?

Um sonho?

Sim!!!

Só um sonho...



quarta-feira, 28 de agosto de 2024

 

Não sei se...

Márcio Barker

                                                                   ulisses

Não sei se saio,

ou se fico em casa.

Se saio,

encontro amizades

Bato papo

Como alguma coisa.

Se fico em casa,

leio, vejo TV

Mas não encontro ninguém

E agora?

Não sei telefono.

Se escrevo.

Se chamo.

Ou se fico quieto,

calado.

Observando.

E agora?

Eu não sei se canto.

Ou se escuto.

Daí vem um detalhe:

Não sei cantar,

Essa foi fácil escolher.

Eu não sei se namoro.

Ou fico sozinho.

Gosto muito mesmo de namorar

Mas também, de ficar só, gosto muito.

Não sei se digo que gosto dela.

Não sei se não digo nada.

Se não digo nada, será que ela fica?.

E, como será se ela ficar?

Vou gostar?

Se digo que gosto dela,

Sei que certamente ela ficará.

E será que ela vai querer ficar?

E se ela ficar, será que vai gostar?

E, como será cuidar da moça?

Não sei se saberei cuidar!

Não sei se vejo TV, ou leio.

Será que leio, ou será que durmo?

E se dormir...

...será que acordarei?

terça-feira, 6 de agosto de 2024

 

Bem que poderia...

Márcio Barker


Bem que alguém, poderia bater em minha porta...

Bem que meu celular poderia tocar agora...

Bem que sem querer, distraído, eu poderia encontrar aquele alguém, na mesma calçada.

Bem que gostaria de ouvir uma voz, dizendo meu nome, no meio da rua.

Bem que, parado no semáforo, vermelho.

Do carro ao lado, alguém gritaria: “meu Deus, é você?”

Bem que poderia encontrar um cartão, na caixa de correio.

Simples cartão, como uma paisagem qualquer.

E, do outro lado, um escrito simples: “Lembrei de você”

Abrindo a porta, lá estava alguém distante, mas que não esqueci.

Do outro lado do meu celular, uma voz doce dizendo: “Como vai?”

No sentido contrario, na mesma calçada, o vulto de braços abertos.

E, sorrindo, diria: “Que saudades!”

Antes que o semáforo ficasse verde, no carro ao lado,

o sorriso, e o beijo com a mão.

No cartão, que achei na caixa de correio,

uma escrita simples:

Lembrei de você. Saudades.

Se for recíproco, esse é o meu telefone. Me ligue.”

Bem que poderia ser assim...

Mas não tem sido...


domingo, 28 de julho de 2024

 

E se de repente eu trombasse com você?


PNGgg

Como seria?

Distraído, cabeça vazia e...

...sem mais, trombamos.

Assim, de repente, do nada.

Olhos assustados pelo encontrão.

Mais ainda, depois de ver com quem.

Certamente, eu sorriria.

E, sem pedir licença, daria um abraço.

Bem, creio que você também me abraçaria.

Um longo e silencioso olhar.

E o inevitável “como vai?”

De tanto do que eu teria a dizer,

que me deixaria mudo.

Uma dúvida:

Abraçaria mais ainda você?

Me conformaria só com um abraço?

Nesses momentos, quem fala são os olhos.

Claro, logico que viria o inevitável convite:

Vamos tomar um café?”

Sei que você aceitaria.

Claro, por que não?

As histórias.

As lembranças.

As loucuras foram muitas.

Assim, ao menos um café.

Ao lado do cafézinho, algumas perguntas de praxe.

Perguntas de quem conhecia bem cada detalhe, um do outro.

Mas quem sabe por isso mesmo,

eram apenas perguntas burocráticas...evitando maiores detalhes.

O café poderia ter durado uma eternidade.

Mas não durou.

Levantamos cerimoniosamente.

Com os olhos brilhantes, e um sorriso.

Nos abraçamos, nos despedimos, nos afastamos...

Você pra lá...eu pra cá.

Sei que depois de uns passos.

Eu olharia pra trás...

E iria doer.

quinta-feira, 11 de abril de 2024

 

Madrugar?? Nunca!!!!

Márcio Barker

freeimages

Não costumo levantar cedo.

Aliás, nunca tive o hábito de levantar cedo!

Aliás, confesso:

Detesto levantar cedo!!!!

Melhor dizendo:

odeio, levantar cedo!!!!!!

Chocante?

Dane-se!!!

Coisa de vagabndo??

E daí? Quem paga minhas contas sou eu.

Quando pequeno via ( comn ódio) meu pai entrar pelo quarto a dentro, imponente.

Um verdadeiro heroi das manhãs.

E ia dizendo, abrindo as janelas:

Sol é vida, respirem o ar matutino, viva a manhã”.

Não exagero. Ele despertava meu instinto assassino.

Ora, vá ao diabo como ar matutino, a manhã, e o sol. O sol vejo depois”

Claro, ainda pequeno, dizia isso muito cá entre nós (eu e o meu travesseiro)

Odiava os “herois da manhãs”

Sempre levantei cedo. Pego no duro logo de manhanzinha.”

É mesmo? Parabéns para você.

Cresci

Sempre me fiz de surdo e dei de ombros ao despertador.

Não entendia a sua linguagem,

Ele fala um idioma que não entendo.

nem sabia pra que existia

Também nunca o vi com bons olhos.

Cretino!

Em casa, apenas olhares de lado,

De censura.

Por que não levanta cedo?”

E Por que tenho que levantar cedo”?

Minha saúde sempre foi ótima.

A parte buco dentária, muito boa.

Setor estomacal-digestivo, também.

A parte urino-genital idem.

Ereção, em ordem.

Casei (Aliás, não sei bem pra quê)

E ela:

Beinzinho, não vai levantar?”

Eu: “Não!”

Ela: “Mas não está tarde?”

Eu: “Não!”

Ela: “Não vai se atrasar?”

Eu: “Não!”

Sempre fui fã do Sol poente.

O entardecer me encanta.

As sombras noturnas me fazem bem.

Hoje, já velho, as manhãs ainda inexistem pra mim.

Mas são lindas”

Mesmo? E daí?

Continuo firme preferindo outra lindeza...

 ...a lindeza de minha cama!!!





sexta-feira, 29 de março de 2024

 

...e uma lágrima escorreu

Márcio Barker

                                                                                                                internet Letsdrawlt

Sentado no degrau da escada,

do meu lado o Buffon.

O vifa-lata que eu adotei

Cadê ele? E nem mesmo o degrau! Cade???

Acordo!!!

Olho de lado. Só um travesseiro.

Sentado no sofá, vejo os sorrisos, escuto as piadas....a alegria.

Mas quando me dou conta...são apenas ecos,,,

Ouço passos no corredor!

Já sei!

Não é ninguém!

A campanhia, muda.

Não anuncia nada, e muito menos alguém!

E a caIxa do correio....vazia...

A voz rouca por estar calado há tanto tempo.

O garotinho que corria ao meu lado...cresceu...sumiu.

A pulsação é o único que escuto.

Bem, ao menos issol... ainda existo!

Nossa! Alguém atrás de mim?

Não! Quem sabe um fantasma, ou nem isso!

De manhã, a noite, sabe o que?

Só miragens.

Levanto o rosto.

Não desisto e insisto!

Mas...

...uma lágrima escorreu...


sábado, 2 de março de 2024

 

Pelo amor de...

Márcio Barker

                                                                                                            internet

Minha vida nunca foi de grandes novidades.

Por exemplo, oriundo de uma família católica, me fizeram cumprir o script:

Fui batizado, crismado, fiz catecismo para a primeira comunhão e, volta e meia, era obrigado a comungar.

Eu tinha uma tia, (tadinha sei que era com boa intenção, se bem que o inferno está cheio delas.) que volta e meia vinha toda sorridente, com um ar maternal e ia dizendo pra mim:

Marcinho, a tia fez uma promessa para você.”

Eu gelava, num misto de raiva com arrependimento, pois era “pecado” sentir raiva daqulo.

E, nem me lembrava de saber com que intenção ela tinha feito a tal promessa.

E depois ela complementava:

Olha, todo domingo, por três meses, nós dois vamos comungar juntos, tá bom?”

Tá bom”, nada!!! E eu me perguntava porque ela sempre tinha que me colocar no meio das promessas que fazia.

Pequeno, não tinha direito algum, senão resignar-me, e nos próximos três meses, ter que confessar, e comungar.

Confessava no sábado, e comungava, no domingo. O problema era que, do sábado, ao domingo, eu não poderia “pecar”, caso contrário acho, que prejudicaria a comunhão, no domingo.

O duro era confessar. Mas confessar o quê??? Ainda menino, era um inocente, ainda longe dos pensamentos inconfessáveis que viria a ter, alguns anos depois (Aliás, e principalmente quando comecei a namorar...)

Daí entrava no tal do confessionário e, diante de um cara que nunca vi, tinha que ficar falando mal de mim mesmo. Não tinha o que dizer. Inventava “pecados”. Lembro que em casa haviam galinhas. E, uma vez, eu disse que não era muito legal com elas. Que as aborrecia. Sim, às vezes gostava de correr no meio delas. Seria pecado? Bem, o padre mandava rezar algumas orações. Hoje, fico pensando se ele não julgava que eu costumava "enrrabar" as galinhas!!! Bem, nunca fiz isso, pois no tocante a essa atividade, eu preferia (como continuo preferindo) a minha própria espécie, mas do sexo oposto, bem entendido.

Bem, mas a coisa não parava por aí. Segundo a promessa de minha tia, depois dos três meses, a última comunhão deveria ser feita numa cidade, famosa pela religiosidade, e pelo comércio da fé, cidade que nunca gostei mesmo!!! Detestava ir até lá.

Tudo aquilo que eu via por lá, era mórbido demais. Mas, eu era pequeno, heróicamente tinha pouco a fazer, mas, ao menos, sabia que era a última vez que teria de passar por tudo aquilo.

Lembro de um tal “salão dos milagres”, que era onde os fiéis, que se sentiam atendidos, agradeciam neste salão. Se o cara sarou de uma doença na mão, ele em agradecimento depositava uma mão, de cera. Se ele teve um problema no pé, depositava um pé de cera. Hoje lembrando, vejo que os tempos eram bem outros, pois numa época, em que não havia o Viagra, não lembro de ter visto nenhum “membro” masculino, de cera. Digno de nota.

Me recordo, que fiquei particularmente curioso, quando vi depositarem no tal salão, um agradecimento em meu nome: uma cabeça de cera!

Engraçado que tudo aquilo para meus olhos de garoto, era algo além de minha compreensão.

Uma vez compraram um quadro de Cristo, aquele célebre, com o coração sangrando nas mãos. Aquela figura me impressionava mal.

Colocaram o quadro na parede, chamaram um padre. Disseram que era para “entronizar” o quadro. Hoje nem faço ideia do quadro, nem do que é “entronizar”.

Acho que sou meio iconoclasta e, um reles pecador. Se bem que, a palavra “pecar” tem muitas interpretações.

Não sou religioso, apesar de todo esfôrço de meus país, e de minha tia. Não sou daqueles que “Deus isso”, Deus aquilo, e aquilo outro. Não gosto de incomodar, me viro com as ferramentas, que me disseram que ele nos dá.

Me contaram que Deus nos teria feito a sua imagem e semelhança. Sempre tive grandes dúvidas sobre isso. Penso que é o contrário. Nós julgamos Deus, como a nossa própria imagem de humanos. Daí, ouvir falar de um Deus, violento, vingativo, carrasco, pronto a nos enquadrar como pecadores e, e pródigo em castigos.

Mas quem sou eu para ficar aqui filosofando. Em todo caso, mesmo não sendo religioso, o meu Deus, é o de Spinoza. O Deus que não vive, com se julga, em templos escuros e lúgubres, mas na natureza. Um Deus que não critica, não julga, nem castiga. Pois é puro amor. Um Deus que se pergunta, como poderia nos castigar, se foi justamente ele quem nos criou?

Imaginar um Deus que nos coloca medo, acho eu, que não faz sentido.

E, contrariando tudo o que me ensinaram na infância, e que fiz questão de não aprender, e esquecer, na minha imaginação, quando penso em Deus, acho que ele é um cara legal e  inspirador.

Será que tô certo?

Falando nisso, será que vou para o céu, quando eu esticar as canelas?



sábado, 6 de janeiro de 2024

 

Lembrar? Prá que?

Márcio Barker

internet

Distraído, passa um pensamento:

Nossa, pela idade que tenho, já estou no “ocaso” da vida!”

Triste, não?

Mas daí pergunto:

Lembra disso, pra que?

Outro dia, sem querer, me vi no espelho.

Me veio outro pensamento:

Nossa, sou eu?”

Os cabelos que não cairam, estão brancos...no máximo, cinza!”

A cara até que é mais ou menos a menos mesma.

Assaltou-me uma dúvida:

Nossa, será que para mais ou para menos?”

Daí, me perguntei: lembrar disso, pra que?

Caminhando da padaria a minha casa, veio uma pergunta inesperada:

Nossa, o que aconteceu? Andaram esticando as ruas?”

Sim, porque eu não demorava tanto para chegar!!!

Fosse até a padaria, ou até minha casa!

Daí pensei: por que lembrar disso??

Na rua, cruzei com três garotas.

Olharam prá mim!!! Daí reparei os pontos de exclamação que coloquei, aqui.

Repararam?

Eu reparei! E pensei: para que reparar em certas coisas?

Reparei mais:

Três garotas lindas, gostosas, perfumadas, elegantes, olharam pra mim!!!

Olharam, e me comprimentaram respeitosamente....com olhares sérios!

Daí, lembrei:

Antes, as garotas olhavam pra mim, e sorriam deliciosamente com malícia!

Puxa! Prá que lembrar disso???

Sabem o que mais?

Que bom que ainda caminho.

Que tenho cabelos.

Que reparam em mim!!!

Nem tudo está perdido.

E a vida está aí, pra quem quiser se esparramar nela!

Vamos lá!!!!!!