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Chegou de repente - Márcio barker |
Ficou
me olhando.
Olhar
sério, profundo, misterioso.
Mas
o que quer me dizer?
Instintivamente
pergunto: “O que foi?”
Nada.
Só
o silêncio
Bem,
não estranho, estou acostumado ao seu jeito de ser.
Mas
que capacidade terá ele de dizer tanto, em seu silêncio?
Congelado
continuo olhando para mim.
Eu
o conheço há sete anos.
Presença
diária.
Não
me perde de vista.
Bom
sujeito. Amigo nas horas certas.
Discreto,
não é de grandes efusevidades, sereno.
Se
manifesta pouco...às vezes até parece tímido.
Pergunto
novamente o que queria.
Ele
se vira, e vai indo. Só não “deu de ombros”, por ser um
camarada educado.
Mas
é daqueles que está sempre por aí, por perto, oferençendo sua
companhia.
Brinca
pouco, não sorri, mas é atencioso.
Não
é cheio de grandiloquências, mas faz falta quando está longe.
Sua
amabilidade está nas entre linhas,
e
em pequenos detalhes de suas atitudes.
Se
não é piadista, ou do tipo grudento e babado que cansa até,
ele
não renega, não aborrece, não xinga, não enche, não reclama.
Em
troca me presenteia com a sua imensa paz e tranquilidade.
Ele
me faz muito bem.
De
repente ele retornou...pulou no meu colo,
e
disse um educado “MIAU”.
Meu
grande amigo, Charles, o gato.
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